Então, aqui está você. Olhando fixamente para o abismo. É como dizem, se você olhar muito tempo para ele, ele te olha de volta… e te chama.
Enquanto você está parado, começa a lembrar do caminho que percorreu até ali, pensa onde foi que errou a direção para chegar naquele lugar, de frente ao abismo, e pronto para se jogar, deixando tudo pra trás.
Relembra de como iniciou o caminho com muita força de vontade e determinação. Lembra que queria aprender tudo, saber de tudo, ler todos os livros, estar perto das pessoas que obtiveram sucesso…
E pensa: Será que esse foi meu erro? Querer aprender mais sobre as coisas a minha volta e menos sobre mim mesmo?
Lembra também que o caminho não foi cheio de flores, e que sofreu um bocado para chegar ali. Sem precisar se olhar no espelho, consegue saber onde estão todas as suas cicatrizes, cada uma com sua própria história.
E pensa: Será que esse foi meu erro? Me deixei levar por esses sentimentos ruins que vieram junto das dificuldades sem aprender nada com eles?
O pensamento vagueia e você lembra, que durante o caminho, você trabalhou duro para vencer as barreiras, tanto as impostas por você, quanto as impostas por outras pessoas.
Bate um sentimento de esperança, que logo some, pois você se questiona: Será que sou realmente capaz?
–
Ainda olhando para o abismo, uma voz interna, com um tom acusador, diz a você: Do que adiantou ter feito tudo isso? Olhe seus resultados! São pífios! Veja aquele, e aquele outro e mais aquele outro. Todos eles conseguiram, mas você não! Desista.
Nesse momento, você dá razão a essa voz, se julga um incompetente e dá um passo para mais perto do abismo.
Decidido a se jogar, uma voz interna, com um tom sereno, diz a você: Sério que você vai fazer isso? Já se deu conta de tantas coisas maravilhosas que você fez? Quantas pessoas você inspirou? Quanta gente que pode estar se espelhando em você nesse momento? O quanto você evoluiu e cresceu, como pessoa e como profissional? Vai ficar se comparando aos outros?
E continua: Desistir é mais fácil do que continuar tentando… porém não escrevem histórias sobre quem desistiu.
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Uma confusão se cria na sua mente, te deixa entre a cruz e a espada.
Em um súbito lampejo de racionalidade, você para. Começa a questionar todos esses pensamentos. Começa a se questionar.
Será que eu fiz REALMENTE tudo o que podia? Usei TODAS as ferramentas possíveis? APRENDI de verdade o que eu precisava para poder ir além? Exauri todos os meus RECURSOS (tempo, energia, foco) para alcançar meus objetivos? Será que eu EVOLUÍ o suficiente ou preciso aprender mais sobre mim mesmo para ir para um próximo nível? Tentei FAZER diferente e melhor? Fui, de fato, DISCIPLINADO?
Será que eu realmente quero isso para minha vida?!
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Alguns segundos de silêncio… E você sorri…
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Estava com essa “cena” presa na minha cabeça, então resolvi transformar em um post. Não é muito o meus estilo, mas talvez possa ajudar você a refletir e repensar as coisas ao seu redor. Espero que tenham gostado.
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