por Patrícia Pedrozo | abr 26, 2018 | Ansiedade
Pergunta rápida: Você é do tipo de trader que fica horas olhando para o gráfico imaginando as possibilidades de movimentações do preço? Que depois do pregão, fica com o gráfico “preso” na sua mente? Passa o final de semana pensando no próximo pregão pensando onde o mercado vai abrir? Não consegue conversar com outras pessoas que não seja sobre mercado? É…acho que está na hora de você esvaziar a sua mente, meu amigo(a).
Aprenda tudo, esqueça tudo…
Pode ser um pouco controverso, mas é de uma utilidade ímpar. De alguns grupos que eu participo, vejo muita gente, antes do mercado abrir, ficar analisando e postando coisas do tipo: “O preço formou uma figura X, com alvo em tal lugar, então vou comprar/vender no ponto Y e meu alvo vai ser no ponto Z…”
Daí, o mercado abre e o preço vai completamente ao contrário, e essa mesma pessoa fica sem saber o que fazer, por que na mente dela, o preço “deveria” andar na direção que ela “previu”. E eu pergunto: para que serviu essa análise altamente complexa afinal?
Antes de pensar que esse é um post para os preguiçosos, já aviso, não estou dizendo que não se deva estudar e analisar o gráfico. O que eu quero dizer é que o mercado é um livro em branco que se escreve durante o pregão.
Ou seja, se você entrar no mercado com ideias preconcebidas, você estará em grande desvantagem. Lembre-se sempre: O mercado é soberano e faz o que quiser.
Inventando desculpas para não dar resultados…
Partindo dessas ideias preconcebidas, muita gente inventa desculpas para não fazer operações.Não fazem a operação por que o Bovespa vai abrir, não fazem operações por que o Dow Jones vai abrir, por que ficou aguardando o alinhamento dos planetas ou o diabo que for, mesmo quando o operacional estava informando a entrada.
No post sobre DISTRAÇÕES DURANTE O TRADING e no post sobre PROCRASTINAÇÃO, eu falei sobre as pessoas que resolvem fazer muitas coisas durante as operações e perdem o foco, e com isso não fazem as operações, criando desculpas.
Entenda: quando você começa a inventar desculpas para tentar racionalizar o por que de você não ter feito sua operação, seu cérebro entende que está tudo certo, e te joga numa zona de conforto da qual vai ficando mais difícil de sair.
Também, não se deve ser inconsequente, a ponto de querer operar uma noticia importante, como um Payroll da vida, sem ter experiência. O que deve se fazer é filtrar as informações relevantes, por que senão, qualquer coisa se torna desculpa, e no final do dia, você não fez operação nenhuma, embora o mercado tenha te dado várias oportunidades…
Uma coisa leva a outra, que leva a outra…
O que eu quero passar com tudo o que escrevi acima? uma mensagem simples: Se você já analisou o gráfico, viu suas possibilidades e já analisou as noticias importantes do dia, “ESQUEÇA TUDO”.
“Você é maluco?!”
Não! entenda uma coisa, se você estiver com um monte de informações na sua cabeça, elas vão começar a entrar em conflito, o que vai gerar dúvida, que vai gerar medo, que vai gerar a paralisia e você congela.
Se você já criou seu plano para o dia, execute-o sem pensar em outra coisa, o que exige foco!
Esvazie sua mente
Pode parecer estranho esse lance de “esquecer” as coisas, a princípio. Porém, quando você começa a operar “vazio” de informações inúteis, preconceitos e distrações, você consegue “ouvir” o mercado.
Meio louco o que eu estou escrevendo né? Que nada… Quando você começa a se livrar desses pesos, você entende melhor o mercado, a ver como ele esta se movimentando e a partir daí sua leitura dele vai para um próximo nível.
Não adianta passar a noite, o final de semana, pensando no próximo pregão. Isso só causará um stress maior e não trará nenhum resultado.
Utilize o próprio pregão para estudar, se dedique a isso com foco e determinação, pois assim, você vai estar um passo a frente de muita gente.
Se durante a leitura do post, algum pensamento do tipo: “Esse cara esta falando besteira…”, se por um acaso causei algum tipo de incômodo, então esse post alcançou seu objetivo…
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por Patrícia Pedrozo | abr 24, 2018 | Ansiedade
Você já ouviu falar dessa tal de Síndrome do Circuito fechado? Bem, no post de hoje vou falar sobre ela, se bem que indiretamente, já a mencionei em posts anteriores, então, se você já acompanha o Blog, vai lembrar desses posts.
O que é essa tal de Síndrome do Circuito Fechado (SiFe)?
Como no post sobre o FUNCIONAMENTO DA NOSSA MENTE, eu trouxe um olhar mais técnico, afim de demonstrar de forma simples o processo de tomada de decisão, que ocorre em milésimos de segundos, eu falei sobre janelas de memórias, auto fluxo e um gerenciamento de emoções (que chamamos de EU).
O circuito fechado, ocorre quando temos algum evento, geralmente muito traumático ou estressante, e nossa mente entra em loop, fazendo com que não consigamos enxergar a situação de forma ampla.
Ou seja, só vemos o problema a nossa frente e ficamos “estáticos” diante da situação, não conseguindo pensar em uma solução ou em outras alternativas.
Ela está associada a fobias, onde a pessoa perde completamente o controle racional, perde o poder de questionar a situação (deixar de ser racional, igual quando a barata voa!).
Âncoras de memória
As Âncoras de memória são as lembranças em que temos maior carga emocional atrelada, sejam essas emoções boas ou ruins.
Não podemos escolher o que nosso cérebro armazena, como fazemos com os HDs dos nossos computadores, logo não podemos apagar nossas lembranças de forma voluntária (até por que, se fizéssemos isso, não conseguiríamos evoluir, não é?!)
Com isso, nosso cérebro cria essas ancoras, para termos uma “base” para nossas escolhas. É um sistema necessário para aprendermos as coisas ao nosso redor, porém, não podemos escolher como elas serão criadas.
Exemplificando
Para ilustrar a Síndrome do Circuito fechado, imagine a seguinte situação:
Um trader vem tendo meses levemente positivos, tem desenvolvido sua confiança, tanto no operacional quanto no psicológico. Resolve aumentar sua quantidade de contratos/lote de ações a ser operado no mês seguinte.
E nesse mês, ele tem o maior prejuízo da sua vida! Todo o dinheiro que ele ganhou nos últimos meses foi embora, como num passe de mágica.
Nesse momento, seu cérebro cria uma Âncora, atrelando o aumento de contratos/lotes de ações ao prejuízo. Sendo assim, quando ele resolver aumentar sua mão novamente, seu cérebro vai abrir uma janela de memória killer atrelada a essa ancora negativa, e a partir daí, um loop começa.
Pensamentos do tipo: “vou ter prejuízo de novo”, “sempre que aumento a mão, eu fico nervoso, com medo”, “Eu acho que vou quebrar”, rondam a mente desse trader, fazendo com que ele hesite, forçando-o talvez até a desistir do mercado.
Quebrando o padrão
Quando se quebra o padrão de pensamento, se vê além…
Como disse no início do post, a Síndrome do Circuito Fechado é caracterizada pela falta de questionamento por parte do gerenciamento emocional.
Quando se olha “de fora” e começa a questionar esses pensamentos, automaticamente seu lado racional começa a tomar o controle das coisas.
Com seu lado racional “forçando” a racionalização das respostas, você começa a perceber que muitos desses pensamentos são baseados em “nada”. Você começa a enxergar além e ir mais fundo, encontrando mais respostas.
Não é algo fácil de se fazer, mas não é impossivel. Para isso, é necessário ter um controle emocional forte e treinado, pois assim, você saberá quando estará preso em um loop de pensamentos, formando um circuito fechado, ancorado em uma memória ruim.
Nossa mente costuma padronizar as coisas, logo, para ela se ocorreu uma vez, ocorrerá sempre. E isso é uma falha grave. Portanto, tendo controle sobre seus pensamentos, você controla suas reações e evita muitos problemas internos e externos.
Novamente, o post de hoje foi um resumo de uma parte da tese do Augusto Cury. Para quem se interessar e quiser se aprofundar mais, recomendo a leitura do livro O Funcionamento da Mente.
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por Patrícia Pedrozo | abr 19, 2018 | Emoções do Trader
Quem nunca fez uma operação, sem saber o motivo, aquela operação que você agiu por puro instinto, ou popularmente chamado de feeling. Já tentou entender melhor como funciona esse feeling?!
Agindo por instinto
Muita das vezes, nas diversas situações da nossa vida, já ocorreu algum momento onde nós tomamos uma decisão ou agimos, sem saber o por quê. Simplesmente fomos lá e fizemos algo.
Dependendo do resultado final, nos arrependemos muito ou ficamos muito felizes. Mas o bicho pega quando alguém pergunta: Por quê você fez isso?! e a resposta é um NÃO SEI grandão.
Geralmente não sabemos por que fazemos algo, só reagimos e colhemos o resultado dessa decisão, porém, é impossível termos agido sem pensar, pois mesmo inconscientemente aquilo passou pela nossa mente.
Somos bombardeados por informações o tempo todo, e nosso cérebro processa milhares de informações por segundo, e querendo ou não, armazenamos informações úteis e inúteis.
Essas informações armazenadas na nossa mente, entra no meio do processamento inconsciente o que gera um “erro de cálculo”. Podemos dizer que essa informação “buga” nossa mente, e agimos antes de pensar. Igual quando o mercado pula nossa ordem e executa com spread.
Tipos de instinto
Agir por instinto, não é de tudo ruim. É necessário que haja um gerenciamento psicológico muito bom (como mencionado no último post) para que você saiba se está agindo por emoção ou não.
Basicamente, podemos separar em Instinto Emocional e Instinto Racional.
Instinto Emocional
É quando sua decisão involuntária está baseada (ancorada) em alguma emoção, seja ela boa ou ruim. É a decisão do tipo “não sei explicar, apenas senti”.
Um exemplo prático é quando sofremos alguma injúria e reagimos sem pensar, ofendendo ou atacando de volta. Acontece muito no mercado, quando tomamos um loss e queremos nos vingar do mercado sem motivo.
No geral, o Instinto Emocional não dá muito certo, pois não temos razões específicas para acreditar na ação que tomamos e não encontramos justificativas para elas. Esse instinto pode quebrar sua conta em pouco tempo…
Instinto Racional
Esse é o instinto que nós desenvolvemos com o tempo e com a experiência. Ele estará baseado em algum dado racional que, por mais que você não perceba, está na sua mente.
Exemplificando, é quando você entra numa operação, sem saber o por quê no momento, e logo em seguida, consegue justificar sua operação, sem usar o “emocional” para explicar.
Esse instinto é muito comum em atletas de alta performance, em pessoas que possuem grande experiência em determinado assunto. É o instinto que o enxadrista tem de prever os próximos movimentos do seu oponente.
O Estado de Fluxo
Já comentei em um post anterior sobre esse estado em que nossa mente consegue entrar.
É um estado mental onde nós simplesmente agimos, sem parar para pensar muito, onde as coisas fluem de forma automática. Não se engane, não é algo emocional, e sim puramente racional.
Nesse estado, nós estamos tão focados no que estamos fazendo, que todo o processamento das informações ocorrem em segundo plano, totalmente baseados em nossas informações e experiências técnicas, que nós simplesmente agimos.
Seria o estado de “Instinto superior”, onde é possível “prever” o movimento seguinte, pelo simples fato de estar conectado de tal forma, que você se torna um com a atividade.
Se quiser ter uma noção maior, peço que procure algum vídeo de pilotos de fórmula 1. Vai perceber que, quando eles estão correndo, a quase 300 KM/H, eles não podem se dar ao luxo de pensar. A passagem entre marchas, entrada nas curvas, o momento de acelerar e frear, são feitos de forma automática.
Para nós traders, esse estado pode ser resumido em olhar o gráfico (ou fluxo) e agir, independente dos outros players, de notícias, ou do que está ocorrendo ao nosso redor, pois nossa mente já esta processando isso tudo de forma automática. Nesse estado, conseguimos ver e fazer operações que normalmente não conseguiríamos enxergar ou fazer.
Tá, esse papo estranho aí me chamou a atenção… É possível que eu entre nesse “estado” quando quiser?
SIM! Mas para isso, é necessário, treino, mais treino, um pouco mais de treino, e no final de tudo, treino em dobro.
Não pense que é uma transformação em super traderjin que vai fazer você chegar nesse nível. Ou seja, quer entender o que o mercado está fazendo? Pode começar a dedicar algumas horas a mais para seus estudos, à prática e a execução.
A disciplina aqui é imprescindível!
por Patrícia Pedrozo | abr 17, 2018 | Mindset do Trader
Hey você! Sim, você mesmo que esta lendo nesse momento este post! Já parou para pensar nos processos que estão ocorrendo para o funcionamento da nossa mente, de forma automática e instantânea, fazendo com que você os símbolos na tela a palavras, que compõem frases que, estão organizadas de forma que você entenda? Nesses últimos segundos você acessou milhares de janelas de memória enquanto lia esse parágrafo… Compliquei? Então vamos simplificar…
Entendendo o processo de pensar…
Eu parto do principio que, para resolver um problema, é necessário entender o funcionamento das coisas e saber como as peças se encaixam, para aí sim, agirmos e resolvermos as coisas.
Portanto, é de máxima importância sabermos e entendermos os nossos processos de pensamentos e tomada de decisão, por que no que fazemos, uma decisão errada significa perda de dinheiro…
Nossa mente é uma maquina extremamente complexa. Nossas memórias não ocupam um lugar físico, não ficam registradas em “lugar” nenhum, mas ainda assim, estão lá, de alguma forma.
Quando temos que tomar alguma decisão, ou nos deparamos com alguma situação, nossa mente recorre ao histórico que está armazenado na nossa “nuvem”, e faz uma correlação entre o que está registrado e o que está acontecendo no momento. Esse processo é praticamente instantâneo.
Se estamos diante de uma situação em que nosso histórico é positivo, nossa reação será positiva, pois queremos repetir os sentimentos prazerosos. Caso contrário, evitaremos essa situação, e se formos “obrigados”, nos causará os sentimentos de estresse e ansiedade, por exemplo.
Simplificando, temos: Situação> Acesso ao nosso histórico> Ação
Uma coisa chamada de Autofluxo
O Autofluxo é um processo mental involuntário e automático que esta intrínseco a nós, desde quando estamos no ventre das nossas mães.
É ele que permite com que você esteja lendo esse maravilhoso blog, sem precisar “pensar” nas palavras, em sua organização… simplesmente você lê.
Ele é o responsável por acessar o nosso histórico e nos trazer as informações necessárias para tomarmos nossas decisões.
Porém, caso você não tenha gestão dos seus pensamentos (controle emocional), ele pode te levar a pensamentos ruins, que irão te aprisionar, te congelar e literalmente, travar sua mente.
Se adicionarmos o autofluxo ao nosso processo, teremos: Situação> Autofluxo> Acesso ao nosso histórico> Ação
Janelas de memória
Sempre que tomamos uma decisão e agimos, criamos uma memória, positiva ou negativa, que irá fica armazenada na nossa mente por tempo indeterminado.
Essas janelas, dependendo da carga emocional e intensidade, podem causar traumas, que se desenvolverão em possíveis doenças mentais como depressão, estresse, ansiedade entre outras
Nós somos seres que relacionamos as coisas. Desde os primórdios dos tempos, pois se fazia necessário. Aprendíamos com as coisas ao nosso redor e com a experiência. Isso fez com que nosso cérebro evoluísse mais rápido.
Criamos essas janelas por vários motivos diferentes, desde nossas experiências individuais ao nosso convívio social (até pela internet). Trazendo para nosso mundo, quando fazemos uma operação, completamente baseada em nossa técnica e estudos, e nos sentimos bem com isso, tenderemos a repeti-la. Quando fazemos algo fora do comum e temos um prejuízo, tenderemos a não repetir aquele feito (levando em consideração que você não esteja se autossabotando).
Com isso temos dois tipos de Janela de memória: As Janelas Light, que representam as memorias e sentimentos bons, e as Janelas Killer, que representam as memórias e sentimentos ruins.
Nosso processo fica: Situação> Autofluxo> Acesso ao nosso histórico> Abertura de Janelas de memória> Ação
Gerenciando a p#$%@ toda…
Um EU fraco gerenciando seus pensamentos
Pois bem, depois de termos visto todas essas informações, precisamos de alguém para gerenciar essas informações certo? Para isso serve o EU.
Entenda o eu como seu controle emocional, o lado racional por trás das ações.
É ele que vai gerenciar todas as informações e ações a serem tomadas. TUDO passa por ele. Esse é o cara que dá a autorização para agir.
Mas temos um problema grave. Muita gente possui um EU muito fraco, que é incapaz de assumir o controle e acabam fazendo besteira, agindo por impulso, por pura emoção… Se deixam levar pelo sentimento deixado pela janela da memória aberta.
Se não houver um EU forte, comandando e mantendo tudo em ordem, você não terá controle de nada e se tornará um refém de você mesmo e de seus pensamentos mais destrutivos… (por isso é importante ter o controle emocional bem treinado)
Fácil falar, extremamente difícil pôr em prática. Aconselho fortemente, para iniciar esse treino, a pratica e meditação e a observação dos seus comportamentos diante das mais diversas situações.
Com um EU bem treinado, é possível interromper os encarceramentos que as janelas Killer podem fazer, interrompendo o fluxo de pensamentos negativos e voltando ao equilíbrio. É possível, também, saber exatamente quando esta se tornando menos racional e mais emocional.
Finalizando nosso processo de pensamento, temos então:
Situação> Autofluxo> Acesso ao nosso histórico> Abertura de Janelas de memória> Gerenciamento do EU> Ação
Não vou me aprofundar muito mais, por que não haveria blog o suficiente para isso rs. Para quem se interessou sobre esse assunto mais “Técnico” de psicologia, recomendo a leitura do livro O Funcionamento da Mente, do Augusto Cury.
Toda essa parte teórica foi retirada da tese dele, então, recomendo fortemente a leitura, para que você entenda melhor como você pensa e como funciona seu processo de tomada de decisão, nas mais diversas áreas.
E aí, curtiu o post? Deixa ai nos comentários o que achou!
por Patrícia Pedrozo | abr 10, 2018 | Ansiedade
Fiquei com essa pergunta durante alguns dias na cabeça, e resolvi ir atrás de respostas para entender melhor o por que hesitamos durante nossas operações e até na vida.
O que é hesitação?
Para entendermos melhor, precisamos definir o que é hesitação, assim fica mais fácil de identificarmos quando ocorre.
Por definição, hesitação é o ato ou efeito de ficar indeciso sobre o que se deve fazer, dizer, pensar. É um estado de indecisão, perplexidade, dúvida, embaraço.
Ou seja, hesitamos quando não temos uma decisão clara na nossa cabeça e ficamos pensando muito no que fazer, nos colocando numa posição de dúvidas e incertezas, muita das vezes desnecessárias.
O processo mental de hesitação
O que eu faço agora?!
Nosso cérebro é um computador, capaz de processas milhares de informações por segundo, de forma instantânea. Inconscientemente, calculamos algumas possibilidades, por menos provável que sejam de ocorrer, o que nos ajuda a tomar decisões, sejam elas baseadas em históricos (o que deixa mais fácil), sejam elas por ser uma nova situação (o que demanda um pouco mais de tempo)
Quando uma situação se “repete” e nós temos um histórico, nosso cérebro faz o link entre causa e efeito sem pensar em outras possibilidades, ou seja, uma ação direta com um efeito já esperado.(o que não ocorre nas operações…)
Já quando temos uma situação nova, nossa mente precisa racionalizar outras possibilidades, reais ou não, para que nós possamos basear nossa decisão “da melhor forma possível” (o que nem sempre acontece)
Causas (possíveis) para hesitarmos
Bem, podemos eleger dois grupos de causas possíveis: Externas e Internas. Elas podem atuar de forma conjunta, o que geralmente ocorre, ou dependendo da “força”,agem isoladamente.
As causas externas podem ser atribuídas a todo fator externo a você e que te influencia: Notícias, pessoas, livros, vídeos, textos, imagens…
Por exemplo, se vemos na tv uma noticia e criamos um “viés altista” para o mercado, porém os preços começam a cair quando as negociações se iniciam, achamos que isso é ilógico, e nossa mente fica indecisa de fazer alguma operação. O que gera a seguinte frase no final do dia: “hoje o mercado estava difícil…”
Já as internas são puramente atreladas a você e o seu EU: autoconfiança, disciplina, controle emocional, racionalidade…
Nesse caso, muita das vezes ficamos paralisados por medo de errar, por não confiarmos no nosso método e estratégia (por mais que digamos que confiamos). Ou seja, na hora de iniciar uma operação, nos vem a cabeça “E se eu estiver errado?” além do medo de perder o dinheiro, o que nos causa uma dor emocional. Ninguém gosta de sofrer, e por isso, hesitamos em tomar certas decisões (abordarei esse tema em breve)
“Não sei se compro, ou se vendo…”
Juntando tudo
Imagine a seguinte situação: Antes de começar as operações, você entrou em um site de noticias para se informar sobre o que está acontecendo ao redor do mundo, no cenário político e eventos econômicos. Anotou os horários dos eventos, leu as noticias e abriu sua plataforma de negociação.
Na sua plataforma, revisou suas marcações (caso use gráficos), olhou o cenário de uma perspectiva mais macro e se sentiu pronto para o início do pregão. Está se sentindo bem com você mesmo e confiante, sem extremos.
Quando o mercado começa a se movimentar, o seu cérebro começa a fazer os cálculos necessários, baseado no histórico de informações que você tem (fundamentos técnicos da operação, as noticias que você leu, o seu estado emocional..) te auxiliando a tomar as decisões.
Se você por um acaso tem em mente algum evento externo (uma noticia importante, por exemplo), uma certa indecisão começará a permear sua mente, tentando racionalizar aquele evento para que você esteja “preparado”, porém, na tentativa de ajudar, seu lado racional começa a pensar em várias possibilidades.
Esse acumulo de possibilidades, não permite que você tome uma decisão clara, deixando todo o “caminho” obscuro, te deixando congelado e no fim das contas, sem tomar uma decisão alguma,gerando a perda de uma oportunidade.
Como posso evitar a hesitação?
É possível que os casos de hesitação sejam diminuídos fazendo alguns exercícios mentais e práticos.
A primeira coisa é evitar pensar e dizer “Se eu tivesse feito…”. Quando você para de olhar para o passado, suas decisões no presente se tornam mais claras e objetivas.
Comece a simplificar as coisas, até mesmo seu operacional. Como disse antes, muitas possibilidades e muita informação, geram conflitos, o que gera hesitação.
Filtre as informações para que não se acumulem como lixo. O que for útil, guarde, inútil descarte. Simples assim.
Tenha confiança no que você está fazendo e na sua capacidade de análise, pois só assim você vai agir. (Se quiser ganhar mais confiança, leia este POST)
Quando ver a oportunidade, aja, não pense muito. É importante agir assim que encontra uma oportunidade, pois se deixar em aberto, você começa a pensar demais e perderá a operação
E por último e não menos importante, não tenha medo de errar. Se você cometer algum erro, aprenda com ele e siga em frente. (Para te ajudar com isso, dá uma olhada nesse POST)
Quanto mais simples for sua estratégia, menor será a margem para erro de análise
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