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Ser Trader: Esvaziando a mente

Ser Trader: Esvaziando a mente

Pergunta rápida: Você é do tipo de trader que fica horas olhando para o gráfico imaginando as possibilidades de movimentações do preço? Que depois do pregão, fica com o gráfico “preso” na sua mente? Passa o final de semana pensando no próximo pregão pensando onde o mercado vai abrir? Não consegue conversar com outras pessoas que não seja sobre mercado? É…acho que está na hora de você esvaziar a sua mente, meu amigo(a).

Aprenda tudo, esqueça tudo…

Pode ser um pouco controverso, mas é de uma utilidade ímpar. De alguns grupos que eu participo, vejo muita gente, antes do mercado abrir, ficar analisando e postando coisas do tipo: “O preço formou uma figura X, com alvo em tal lugar, então vou comprar/vender no ponto Y e meu alvo vai ser no ponto Z…”

Daí, o mercado abre e o preço vai completamente ao contrário, e essa mesma pessoa fica sem saber o que fazer, por que na mente dela, o preço “deveria” andar na direção que ela “previu”. E eu pergunto: para que serviu essa análise altamente complexa afinal?

Antes de pensar que esse é um post para os preguiçosos, já aviso, não estou dizendo que não se deva estudar e analisar o gráfico. O que eu quero dizer é que o mercado é um livro em branco que se escreve durante o pregão.

Ou seja, se você entrar no mercado com ideias preconcebidas, você estará em grande desvantagem. Lembre-se sempre: O mercado é soberano e faz o que quiser.

Inventando desculpas para não dar resultados…

Partindo dessas ideias preconcebidas, muita gente inventa desculpas para não fazer operações.Não fazem a operação por que o Bovespa vai abrir, não fazem operações por que o Dow Jones vai abrir, por que ficou aguardando o alinhamento dos planetas ou o diabo que for, mesmo quando o operacional estava informando a entrada.

No post sobre DISTRAÇÕES DURANTE O TRADING e no post sobre PROCRASTINAÇÃO, eu falei sobre as pessoas que resolvem fazer muitas coisas durante as operações e perdem o foco, e com isso não fazem as operações, criando desculpas.

Entenda: quando você começa a inventar desculpas para tentar racionalizar o por que de você não ter feito sua operação, seu cérebro entende que está tudo certo, e te joga numa zona de conforto da qual vai ficando mais difícil de sair.

Também, não se deve ser inconsequente, a ponto de querer operar uma noticia importante, como um Payroll da vida, sem ter experiência. O que deve se fazer é filtrar as informações relevantes, por que senão, qualquer coisa se torna desculpa, e no final do dia, você não fez operação nenhuma, embora o mercado tenha te dado várias oportunidades…

Uma coisa leva a outra, que leva a outra…

O que eu quero passar com tudo o que escrevi acima? uma mensagem simples: Se você já analisou o gráfico, viu suas possibilidades e já analisou as noticias importantes do dia, “ESQUEÇA TUDO”.

esvazie sua mente

“Você é maluco?!”

Não! entenda uma coisa, se você estiver com um monte de informações na sua cabeça, elas vão começar a entrar em conflito, o que vai gerar dúvida, que vai gerar medo, que vai gerar a paralisia e você congela.

Se você já criou seu plano para o dia, execute-o sem pensar em outra coisa, o que exige foco!

Esvazie sua mente

Pode parecer estranho esse lance de “esquecer” as coisas, a princípio. Porém, quando você começa a operar “vazio” de informações inúteis, preconceitos e distrações, você consegue “ouvir” o mercado.

Meio louco o que eu estou escrevendo né? Que nada… Quando você começa a se livrar desses pesos, você entende melhor o mercado, a ver como ele esta se movimentando e a partir daí sua leitura dele vai para um próximo nível.

Não adianta passar a noite, o final de semana, pensando no próximo pregão. Isso só causará um stress maior e não trará nenhum resultado.

Utilize o próprio pregão para estudar, se dedique a isso com foco e determinação, pois assim, você vai estar um passo a frente de muita gente.

Se durante a leitura do post, algum pensamento do tipo: “Esse cara esta falando besteira…”, se por um acaso causei algum tipo de incômodo, então esse post alcançou seu objetivo…

Curtiu o post? Deixa ai nos comentários se já aconteceu algo assim com você durante as suas operações!

Ser trader: Sindrome do Circuito fechado

Ser trader: Sindrome do Circuito fechado

Você já ouviu falar dessa tal de Síndrome do Circuito fechado? Bem, no post de hoje vou falar sobre ela, se bem que indiretamente, já a mencionei em posts anteriores, então, se você já acompanha o Blog, vai lembrar desses posts.

O que é essa tal de Síndrome do Circuito Fechado (SiFe)?

Como no post sobre o FUNCIONAMENTO DA NOSSA MENTE, eu trouxe um olhar mais técnico, afim de demonstrar de forma simples o processo de tomada de decisão, que ocorre em milésimos de segundos, eu falei sobre janelas de memórias, auto fluxo e um gerenciamento de emoções (que chamamos de EU).

O circuito fechado, ocorre quando temos algum evento, geralmente muito traumático ou estressante, e nossa mente entra em loop, fazendo com que não consigamos enxergar a situação de forma ampla.

Ou seja, só vemos o problema a nossa frente e ficamos “estáticos” diante da situação, não conseguindo pensar em uma solução ou em outras alternativas.

Ela está associada a fobias, onde a pessoa perde completamente o controle racional, perde o poder de questionar a situação (deixar de ser racional, igual quando a barata voa!).

Âncoras de memória

As Âncoras de memória são as lembranças em que temos maior carga emocional atrelada, sejam essas emoções boas ou ruins.

Não podemos escolher o que nosso cérebro armazena, como fazemos com os HDs dos nossos computadores, logo não podemos apagar nossas lembranças de forma voluntária (até por que, se fizéssemos isso, não conseguiríamos evoluir, não é?!)

Com isso, nosso cérebro cria essas ancoras, para termos uma “base” para nossas escolhas. É um sistema necessário para aprendermos as coisas ao nosso redor, porém, não podemos escolher como elas serão criadas.

Exemplificando

Para ilustrar a Síndrome do Circuito fechado, imagine a seguinte situação:

Um trader vem tendo meses levemente positivos, tem desenvolvido sua confiança, tanto no operacional quanto no psicológico. Resolve aumentar sua quantidade de contratos/lote de ações a ser operado no mês seguinte.

E nesse mês, ele tem o maior prejuízo da sua vida! Todo o dinheiro que ele ganhou nos últimos meses foi embora, como num passe de mágica.

Nesse momento, seu cérebro cria uma Âncora, atrelando o aumento de contratos/lotes de ações ao prejuízo. Sendo assim, quando ele resolver aumentar sua mão novamente, seu cérebro vai abrir uma janela de memória killer atrelada a essa ancora negativa, e a partir daí, um loop começa.

Pensamentos do tipo: “vou ter prejuízo de novo”, “sempre que aumento a mão, eu fico nervoso, com medo”, “Eu acho que vou quebrar”, rondam a mente desse trader, fazendo com que ele hesite, forçando-o talvez até a desistir do mercado.

Quebrando o padrão

Imagem relacionada

Quando se quebra o padrão de pensamento, se vê além…

Como disse no início do post, a Síndrome do Circuito Fechado é caracterizada pela falta de questionamento por parte do gerenciamento emocional.

Quando se olha “de fora” e começa a questionar esses pensamentos, automaticamente seu lado racional começa a tomar o controle das coisas.

Com seu lado racional “forçando” a racionalização das respostas, você começa a perceber que muitos desses pensamentos são baseados em “nada”. Você começa a enxergar além e ir mais fundo, encontrando mais respostas.

Não é algo fácil de se fazer, mas não é impossivel. Para isso, é necessário ter um controle emocional forte e treinado, pois assim, você saberá quando estará preso em um loop de pensamentos, formando um circuito fechado, ancorado em uma memória ruim.

Nossa mente costuma padronizar as coisas, logo, para ela se ocorreu uma vez, ocorrerá sempre. E isso é uma falha grave. Portanto, tendo controle sobre seus pensamentos, você controla suas reações e evita muitos problemas internos e externos.

Novamente, o post de hoje foi um resumo de uma parte da tese do Augusto Cury. Para quem se interessar e quiser se aprofundar mais, recomendo a leitura do livro O Funcionamento da Mente.

Curtiu o post? Deixa ai nos comentários se já aconteceu algo assim com você durante as suas operações!

Ser Trader: Por que hesitamos?

Ser Trader: Por que hesitamos?

Fiquei com essa pergunta durante alguns dias na cabeça, e resolvi ir atrás de respostas para entender melhor o por que hesitamos durante nossas operações e até na vida.

O que é hesitação?

Para entendermos melhor, precisamos definir o que é hesitação, assim fica mais fácil de identificarmos quando ocorre.

Por definição, hesitação é o ato ou efeito de ficar indeciso sobre o que se deve fazer, dizer, pensar. É um estado de indecisão, perplexidade, dúvida, embaraço.

Ou seja, hesitamos quando não temos uma decisão clara na nossa cabeça e ficamos pensando muito no que fazer, nos colocando numa posição de dúvidas e incertezas, muita das vezes desnecessárias.

O processo mental de hesitação

hesitação

O que eu faço agora?!

Nosso cérebro é um computador, capaz de processas milhares de informações por segundo, de forma instantânea. Inconscientemente, calculamos algumas possibilidades, por menos provável que sejam de ocorrer, o que nos ajuda a tomar decisões, sejam elas baseadas em históricos (o que deixa mais fácil), sejam elas por ser uma nova situação (o que demanda um pouco mais de tempo)

Quando uma situação se “repete” e nós temos um histórico, nosso cérebro faz o link entre causa e efeito sem pensar em outras possibilidades, ou seja, uma ação direta com um efeito já esperado.(o que não ocorre nas operações…)

Já quando temos uma situação nova, nossa mente precisa racionalizar outras possibilidades, reais ou não, para que nós possamos basear nossa decisão “da melhor forma possível” (o que nem sempre acontece)

Causas (possíveis) para hesitarmos

Bem, podemos eleger dois grupos de causas possíveis: Externas e Internas. Elas podem atuar de forma conjunta, o que geralmente ocorre, ou dependendo da “força”,agem isoladamente.

As causas externas podem ser atribuídas a todo fator externo a você e que te influencia: Notícias, pessoas, livros, vídeos, textos, imagens…

Por exemplo, se vemos na tv uma noticia e criamos um “viés altista” para o mercado, porém os preços começam a cair quando as negociações se iniciam, achamos que isso é ilógico, e nossa mente fica indecisa de fazer alguma operação. O que gera a seguinte frase no final do dia: “hoje o mercado estava difícil…”

Já as internas são puramente atreladas a você e o seu EU: autoconfiança, disciplina, controle emocional, racionalidade…

Nesse caso, muita das vezes ficamos paralisados por medo de errar, por não confiarmos no nosso método e estratégia (por mais que digamos que confiamos). Ou seja, na hora de iniciar uma operação, nos vem a cabeça “E se eu estiver errado?” além do medo de perder o dinheiro, o que nos causa uma dor emocional. Ninguém gosta de sofrer, e por isso, hesitamos em tomar certas decisões (abordarei esse tema em breve)

hesitação

“Não sei se compro, ou se vendo…”

Juntando tudo

Imagine a seguinte situação: Antes de começar as operações, você entrou em um site de noticias para se informar sobre o que está acontecendo ao redor do mundo, no cenário político e eventos econômicos. Anotou os horários dos eventos, leu as noticias e abriu sua plataforma de negociação.

Na sua plataforma, revisou suas marcações (caso use gráficos), olhou o cenário de uma perspectiva mais macro e se sentiu pronto para o início do pregão. Está se sentindo bem com você mesmo e confiante, sem extremos.

Quando o mercado começa a se movimentar, o seu cérebro começa a fazer os cálculos necessários, baseado no histórico de informações que você tem (fundamentos técnicos da operação, as noticias que você leu, o seu estado emocional..) te auxiliando a tomar as decisões.

Se você por um acaso tem em mente algum evento externo (uma noticia importante, por exemplo), uma certa indecisão começará a permear sua mente, tentando racionalizar aquele evento para que você esteja “preparado”, porém, na tentativa de ajudar, seu lado racional começa a pensar em várias possibilidades.

Esse acumulo de possibilidades, não permite que você tome uma decisão clara, deixando todo o “caminho” obscuro, te deixando congelado e no fim das contas, sem tomar uma decisão alguma,gerando a perda de uma oportunidade.

Como posso evitar a hesitação?

É possível que os casos de hesitação sejam diminuídos fazendo alguns exercícios mentais e práticos.

A primeira coisa é evitar pensar e dizer “Se eu tivesse feito…”. Quando você para de olhar para o passado, suas decisões no presente se tornam mais claras e objetivas.

Comece a simplificar as coisas, até mesmo seu operacional. Como disse antes, muitas possibilidades e muita informação, geram conflitos, o que gera hesitação.

Filtre as informações para que não se acumulem como lixo. O que for útil, guarde, inútil descarte. Simples assim.

Tenha confiança no que você está fazendo e na sua capacidade de análise, pois só assim você vai agir. (Se quiser ganhar mais confiança, leia este POST)

Quando ver a oportunidade, aja, não pense muito. É importante agir assim que encontra uma oportunidade, pois se deixar em aberto, você começa a pensar demais e perderá a operação

E por último e não menos importante, não tenha medo de errar. Se você cometer algum erro, aprenda com ele  e siga em frente. (Para te ajudar com isso, dá uma olhada nesse POST)

hesitação

Quanto mais simples for sua estratégia, menor será a margem para erro de análise

Ser Trader: O Trader e as Crenças Limitantes

Ser Trader: O Trader e as Crenças Limitantes

Nesses últimos posts, tenho abordado alguns assuntos um pouco mais “pesados” que somente a ansiedade. Achei algo necessário, pois uma coisa leva a outra e não tem como deixar de abordar esses assuntos. Além da ansiedade, outras coisas orbitam a nossa mente, antes, durante e depois das operações. As Crenças Limitantes conseguem estar nessas três posições e a gente nem percebe. Espero que no post de hoje, consiga acender uma luz sobre algumas das crenças que nos impedem de crescer e nos tornarmos Trader melhores e mais consistentes.

Entendo o que é uma Crença Limitante

De forma geral, uma crença limitante é uma “verdade absoluta” para você, algo que está enraizado no seu inconsciente, e que você reage sem perceber. Nós as adquirimos ao longo de nossa vida, através da criação dos nossos pais, de experiências de vida e até do que nós vemos na mídia de forma geral.

Um exemplo é quando nós escolhemos um ponto errado para entrar na operação, e por consequência, tomamos um grande e generoso Loss. Ao percebermos que erramos, de forma automática vem na nossa cabeça: “CARA, COMO EU SOU BURRO!”, “EU NUNCA ACERTO” ou “ISSO AQUI É MUITO DIFÍCIL”.

Advinha o que acontece com você da próxima vez em que for operar? Vai achar difícil, não vai acertar e vai se sentir burro, por que outras pessoas conseguem. E o seu cérebro, valida essas informações, reafirmando suas crenças pessoais de que você é burro, não acerta ou que entender o mercado é difícil.

Tipos de Crenças Limitantes

Basicamente, temos as Crenças Pessoais, Crenças Hereditárias e Crenças Sociais.

Crenças Pessoais são adquiridas através de experiências de vida, coisas que vivemos e que ficam guardadas na nossa memória, sejam coisas boas ou ruins. Um dos melhores exemplos é quando alguém que está trabalhando em algum projeto e falha em algum momento, essa pessoa pode se sentir um fracasso e achar que nunca vai conseguir ter sucesso na vida.

Crenças Hereditárias são adquiridas ao longo da nossa criação, ouvindo coisas dos nossos pais e parentes próximos. Na minha humilde opinião, são as piores, pois gostamos dessas pessoas e é muito mais fácil deixarmos que essas crenças se enraízem.

Crenças Sociais são aquelas crenças que a maioria das pessoas tem. “Gente rica não presta”, “Bolsa de valores é para gente rica”, “Ninguém ganha dinheiro com isso”, “Gente gananciosa que sempre quer mais dinheiro” entre outras coisas…

Exemplos de Crenças Limitantes
  • “Nunca vou conseguir ganhar dinheiro no mercado”
  • “Só é possível ganhar dinheiro fazendo coisas erradas”;
  • “Não tenho tempo para nada”;
  • “Não sou bom o suficiente”;
  • “Não sei tudo o que preciso”;
  • “Não consigo aprender isso”;
  • “Nunca vou conseguir alcançar meus objetivos ou realizar meus sonhos”;
  • “Tudo precisa ser perfeito”;
  • “Não consigo me organizar”;
  • “Eu não mereço sucesso ou coisas boas”;
  • “Eu não posso / não consigo / não sei fazer isso”;
  • “O Mercado precisa mudar para minha vida melhorar”;
  • “Estou destinado a essa vida e a ser desse jeito porque essa é a situação da minha família e por isso, é a minha”;
  • “O mundo está em crise, e por isso tudo está muito difícil para mim”;
  • “Não tenho jeito para isso”;
  • “Não é possível viver do que se ama”.
Um novo significado para nossas crenças

Você já parou para pensar no que de fato você tem como crenças? E em como elas afetam seus resultados? Pois bem, para quem, mesmo inconscientemente, tem como crença que “Ninguém ganha dinheiro na Bolsa”, imagine o que vai acontecer com ela…

Por mais que se esforce para fechar o mês positivo, em algum momento o cérebro vai se autossabotar e a primeira coisa que ele vai procurar é essa informação de que “Ninguém ganha dinheiro na Bolsa” e pronto, lá vai ela entregar o mês todo em um dia. (quem nunca?!)

Por isso é importante identificarmos e dar um novo significado a essas crenças, pois ao primeiro sinal de algo ir contra essa crença, nosso inconsciente vai tomar uma decisão baseada no que “sabemos”.

É importante questionar a nós mesmos sobre o que acreditamos ser verdade e estarmos dispostos a aceitar outras informações e verdades. Porquê não podemos ganhar dinheiro na Bolsa? Porque não podemos ganhar a vida como traders bem sucedidos? Quando fazemos esse tipo de questionamentos em relação a nossas crenças, vemos que não há nada que nos impeça de alcançar nossos objetivos.

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Portanto, é importante parar e refletir sobre nossos pensamentos e questioná-los, para não nos tornarmos reféns de nós mesmos.

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Ser Trader: O poder da Autossabotagem

Ser Trader: O poder da Autossabotagem

Nessas últimas semanas, eu entrei em um processo de me olhar em profundidade, que me fez abrir os olhos e começar a me enxergar sob uma nova ótica. E hoje, consegui perceber algo que não havia prestado atenção: o quanto eu permito a autossabotagem e o quanto isso influencia diretamente meus resultados nas operações. No post de hoje, gostaria de abordar esse assunto e espero ajudar uma galera, que possa estar passando por essa dificuldade e nem mesmo sabe…

O que é Autossabotagem
De forma simples, podemos definir que é uma distorção entre o que se fala/pensa em relação ao que se faz. Por exemplo, se você está em uma dieta e diz que não vai comer chocolate, pois quer emagrecer, porém no primeiro indicio de stress ou ansiedade, devora uma barra inteira sem perceber, o que te faz se sentir culpado(a).

Nós agimos a partir do que pensamos, ou seja, pensamentos geram sentimentos que geram ações que geram resultados (P>S>A=R). O que a autossabotagem faz é permitir que seu inconsciente aja por você, tomando uma decisão completamente “nada a ver” com a situação.

Por que eu me permito à autossabotagem?!

Bem, como já disse em um post anterior, nosso cérebro é uma maquina extremamente eficaz porém, muito preguiçosa. A autossabotagem é um hábito adquirido ao longo da vida, seja por experiências ruins, seja por ver pessoas próximas a você, ou você mesmo, passando por dificuldades… enfim a lista é gigante.

Quando nos acostumamos com um determinado cenário ou situação (zona de conforto), toda e qualquer tentativa de mudança, será automaticamente percebida e computada pelo cérebro. Sabendo que vai precisar gastar mais energia, além de tempo para processar novas informações, ele te joga novamente na sua zona de conforto e se sente feliz por estar fazendo o seu trabalho muito bem.

Como assim? Eu só tenho perdido dinheiro na bolsa e meu cérebro está fazendo o trabalho muito bem?

SIM! Por que, a maioria de nós ouviu que “Você vai perder dinheiro na bolsa” ou “isso não vai dar certo. Vá arrumar um emprego de verdade!”

Essas coisas que são ditas, ficam impregnadas no nosso inconsciente e não percebemos elas lá, logo, nosso cérebro válida essas coisas ditas, agindo de acordo e sentindo prazer  em “sentir dor” (quase um 50 tons de Autossabotagem)

Uma forma de perceber isso é quando estamos vindo de uma longa sequencia de perdas (principalmente a galera que está iniciando), e consegue fechar um dia, ou mês positivo e de repente, sente aquela “bad”, um sentimento de que algo está errado…

Como saber se estou me autossabotando?

Eu cheguei a essa conclusão me observando durante as operações, o que é um resultado que obtive através das Resultado de imagem para autossabotagempráticas de meditação e através desse processo pelo qual estou passando.Porém, para quem não está acostumado a se olhar de fora, pode fazer algumas coisas para descobrir se está se sabotando.

Algo que penso ser a mais simples é escrever em um papel (não use o computador para isso, de preferêcia) alguma decisão que tenha pensado e tomado e em seguida observe se você agiu de acordo com o que escreveu. Utilize isso com assuntos variados para descobrir se é algo específico em uma área, como a financeira, ou é algo mais geral na sua vida.

Só para chamar a atenção que isso também serve para a Procrastinação. Abordaremos esse tema em breve.

Se quiser ir mais fundo responda a essas perguntas:

 – O que estou ganhando ao agir assim?

 – O que irei perder se parar com isso?

 – O que acontece se eu não tiver mais essa desculpa para não dar certo?

 – É seguro parar com isso?

 – Como irei agir sem me sentir como vítima do mercado?

Beleza,já identifiquei que eu me autossaboto, então como faço para acabar com essa m@#%?

Após identificarmos o problema, tudo fica mais simples. Como diz Sherlock Holmes: “Todos os problemas se tornam infantis, depois de explicado.”

Para começar, vamos precisar de um bloco de papel e um elástico comum, que sirva no seu pulso sem prender muito ou ficar muito justo.

Sempre que tomar uma decisão, escreva-a numa folha e sempre que começar a pensar, ou até mesmo agir de forma contrária ao que se escreveu, puxe o elástico o máximo o possível e deixe-o bater no pulso.

Seu inconsciente vai reagir associando a dor causada do elástico com a ação tomada. Quanto mais rápido for a identificação da autossabotagem e a ação de puxar o elástico, mais fácil fica essa associação. Com o tempo, o hábito de se autossabotar vai estar ligado diretamente a dor física e automaticamente você vai começar a diminuir os casos (quem sabe até parar de vez) .